quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Isaque, o filho de Sara


Dr. Venâncio ministrando palestra sobre: “ECA: Direitos e Deveres”, para professores e alunos, numa escola da REME.


Isaque foi o único filho de Sara, a mulher de Abraão. Ele foi o elo vital que levou à linhagem de Jesus Cristo. A palavra “Isaque”, em hebraico, significa “Riso” (1º Crônicas 1.28, 34; Mateus 1.1,2; Lucas 3.34). Ele foi desmamado com cinco anos de idade; quase foi oferecido em holocausto pelo seu pai, quando tinha 25 anos; casou-se aos 40 anos e morreu com 180 anos (Gênesis 21.2-8; 22.2; 25.20,26; 35.28). O nascimento de Isaque ocorreu em circunstâncias absolutamente incomuns. Tanto Abraão quanto Sara eram idosos, e as regras dela já haviam cessado há muitos anos (Gênesis 18.11).
Assim, quando Deus disse a Abraão que Sara lhe daria um filho, ele riu e disse: “__A um homem de 100 anos há de nascer um filho? E, conceberá Sara na idade de 90 anos?” (Gênesis 17.17). Quando soube de tal declaração de Deus, Sara também riu, dizendo: “__Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu marido já bastante velho?” (Gênesis 18.12). No entanto, no tempo designado por Deus, Sara deu à luz a Isaque, provando assim que para Deus nada é impossível (Gênesis 17.19; 21.1-5).
No dia em que Ismael foi desmamado, Abraão preparou um grande de banquete (Gênesis 21.7,8). Nesse dia, Sara percebeu que seu filho Isaque era humilhado e escarnecido pelo seu meio-irmão Ismael, filho de sua serva egípcia Agar, com Abraão. Por isso, ela insistiu com o marido para que dispensasse Agar e seu filho Ismael, mandando-os embora (Gênesis 21.9,10). Após certa relutância, Abraão cedeu aos apelos da esposa, depois de ouvir a promessa de Deus de que faria dos descendentes de Ismael uma grande nação (Gênesis 21.11-13). Assim, Abraão despediu a sua concubina Agar e seu filho Ismael (Gênesis 21.14-21; Gálatas 4.28-31).
Anos depois, Abraão recebeu de Deus a seguinte mensagem: “__Toma agora o teu filho Isaque, a quem amas, e vai-te até a terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto a Mim, sobre uma das montanhas, que te mostrarei” (Gênesis 22.2). Embora contrariado, Abraão obedeceu à ordem do Senhor Deus. Levantou-se de madrugada e levou seu filho rumo à terra de Moriá. Após uma jornada de três dias, chegaram ao local designado por Deus. Foi construído um altar. Isaque foi amarrado pelos pés e pelas mãos e colocado sobre a lenha do altar. No momento em que Abraão ergueu o cutelo para imolar Isaque, apareceu um anjo do Senhor que impediu a sacrifício, informando que aquela ordem de Deus fora apenas para testar a fidelidade e a obediência de Abraão. Assim, Abraão avistou um cordeiro que ficara preso nos ramos rasteiros de uma árvore, e o sacrificou  para oferecer ali um holocausto ao Senhor (Gênesis 22.3-4).
Desta forma, ficou comprovada que a fé que Abraão e Isaque depositaram em Deus não foi em vão. Graças a essa demonstração de fé e de obediência de Abraão, Deus ampliou a sua bênção sobre ele e seus descendentes (Gênesis 22.15-18; 26.1-5; Romanos 9.7; Tiago 2.21). Depois da morte de Sara, Abraão concluiu que já era hora de Isaque casar. Contudo, estava decidido que Isaque não casaria com uma cananita pagã. Assim, de acordo com o sistema patriarcal, Abraão mandou para a Mesopotâmia o seu servo mais antigo e de maior confiança, para escolher uma jovem de origem semítica, que também adorasse ao verdadeiro Deus, para casar com o Isaque (Gênesis 24.1-9).
Essa escolha tinha que ser bem-sucedida, pois, desde o princípio, tudo o que envolvia a questão de escolha fora entregue para Deus. A jovem apontada por Deus, para ser a esposa de Isaque, foi a sua bela prima Rebeca, que deixou voluntariamente os seus pais e a sua parentela, para acompanhar a caravana do servo de Abraão, de volta para a terra de Negebe, onde moravam Abraão e Isaque, nessa época (Gênesis 24.10-67). Isaque casou-se com Rebeca no ano de 1.878 a.C., e tinha 40 anos de idade (Gênesis 25.20).
Rebeca demonstrou ser estéril, e por 20 anos não gerou nenhum filho. Tal fato deu a Isaque a oportunidade de demonstrar que ele também, assim como seu pai, tinha fé na promessa de Deus, de abençoar todas as famílias da terra, através dum descendente seu, que ainda não havia nascido. E, ele fez isso ao suplicar continuamente um filho a Deus (Gênesis 25.19-21). No caso de Isaque e de Rebeca, assim como fora no caso de Abraão e de Sara, o herdeiro não viria de forma natural, mas somente mediante o poder de Deus. Então, quando Isaque tinha 60 anos de idade, recebeu de Deus uma bênção duplicada, quando sua esposa Rebeca lhe deu os gêmeos Esaú e Jacó (Gênesis 25.22-26; Josué 24.3,4).


Dr. Venâncio Josiel dos Santos – Presidente da AELA/MS